São Paulo parou!

São Paulo parou!

Parou a cidade,

parou a vida,

parou São Paulo!

Ó São Paulo, rogai por nós,

porque São Paulo parou.

Parou com o cheiro de sangue

que se espalha pelo vento,

parou com o cheiro do medo,

que invade nossas casas,

nos consome e nos aprisiona.

Parou com as chamas

dos incendiários desordeiros,

parou com a omissão silenciosa

do poder que se diz maior

do que a própria vida.

Parou com a morte estampada

na primeira página,

com a notícia ensanguentada de letras sombrias,

Parou com a mentira suburbana

dos becos paulistas.

Parou a Paulista, a Ipiranga

e a Av. São João.

Escancarou-se a deselegância

que era tida como discreta.

A Paulista doméstica parou

em sua casa, enqudrada,

por vilões armados

vestidos de mocinhos,

e pelo descaso

da cidade que parou.

Parou pela bala da guerra

que era oculta, do motim

por deveres esquecidos.

São Paulo parou!

Nota:

Poema escrito por:

Freitas de Carvalho e Laerte Brandão Sancho...

um abraço a um grande amigo.

Laerte Brandão Sancho
Enviado por Laerte Brandão Sancho em 24/06/2006
Reeditado em 24/06/2006
Código do texto: T181625