São Paulo parou!
São Paulo parou!
Parou a cidade,
parou a vida,
parou São Paulo!
Ó São Paulo, rogai por nós,
porque São Paulo parou.
Parou com o cheiro de sangue
que se espalha pelo vento,
parou com o cheiro do medo,
que invade nossas casas,
nos consome e nos aprisiona.
Parou com as chamas
dos incendiários desordeiros,
parou com a omissão silenciosa
do poder que se diz maior
do que a própria vida.
Parou com a morte estampada
na primeira página,
com a notícia ensanguentada de letras sombrias,
Parou com a mentira suburbana
dos becos paulistas.
Parou a Paulista, a Ipiranga
e a Av. São João.
Escancarou-se a deselegância
que era tida como discreta.
A Paulista doméstica parou
em sua casa, enqudrada,
por vilões armados
vestidos de mocinhos,
e pelo descaso
da cidade que parou.
Parou pela bala da guerra
que era oculta, do motim
por deveres esquecidos.
São Paulo parou!
Nota:
Poema escrito por:
Freitas de Carvalho e Laerte Brandão Sancho...
um abraço a um grande amigo.