A VOZ

A VOZ

Ouvi uma voz chamando

Pareceu-me a voz do vento

Mas logo percebi

Não estava ventando

Pensei ser a natureza

Murmurando em lamento

O mau trato incoerente

Provocado a todo o momento

Enfim eu estava sonhando

Mas, a voz continuava

Chamando-me a socorrer

Algo que La fora agonizava

Madornando sai correndo

Averiguar o que ocorria

Era um incêndio colossal

Que a mata virgem destruía

As aves em desacerto

Voavam em meio à fumaça

Os animais silvestres correndo

Tentavam salvar a raça

Ao fundo

Um vândalo de estopa acesa

Dançava

Fazendo graça.

Ao despertar percebi

Ser a voz da consciência

Tentando me alertar

Pela tragédia ecológica

Em sua triste incoerência

Ainda bem que foi um sonho

Pois o vândalo era o sol

No alvor do horizonte

Dançarinos eram seus raios

Espalhando-se pelos montes

A fumaça era a neblina

Branqueando a verde mata

Enquanto os animaizinhos brincavam

Nas águas da cascata!

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 13/09/2009
Código do texto: T1807434
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