A VOZ
A VOZ
Ouvi uma voz chamando
Pareceu-me a voz do vento
Mas logo percebi
Não estava ventando
Pensei ser a natureza
Murmurando em lamento
O mau trato incoerente
Provocado a todo o momento
Enfim eu estava sonhando
Mas, a voz continuava
Chamando-me a socorrer
Algo que La fora agonizava
Madornando sai correndo
Averiguar o que ocorria
Era um incêndio colossal
Que a mata virgem destruía
As aves em desacerto
Voavam em meio à fumaça
Os animais silvestres correndo
Tentavam salvar a raça
Ao fundo
Um vândalo de estopa acesa
Dançava
Fazendo graça.
Ao despertar percebi
Ser a voz da consciência
Tentando me alertar
Pela tragédia ecológica
Em sua triste incoerência
Ainda bem que foi um sonho
Pois o vândalo era o sol
No alvor do horizonte
Dançarinos eram seus raios
Espalhando-se pelos montes
A fumaça era a neblina
Branqueando a verde mata
Enquanto os animaizinhos brincavam
Nas águas da cascata!