UMA QUESTÃO DE TEMPO...
Deixo dito: não lamentem...
Em prantos, feito episódio lírico-dramático
Quando o mistério insondável do fim,
Chegar-me transvestido de presenteiro,
Trazendo-me nas mãos,
Além do instrumento curvo para me ceifar,
Uma epístola poética em representação divina
A me consolar pelo banho de luz
Que tudo alcança e penetra.
A me oferecer em lenimento os versos
Que á vida é pequena, insignificante e transitória
E que se estende além do limite fim.
Não lamentem…
Porque para todos é tudo só...
Uma questão de tempo.