As mãos pequeninas
O dia amanhece
lindo!
O sol vem devagarinho,
de mansinho.
De repente
ilumina!
O céu fica azul.
O brilho da noite,
deixado pelas estrelas
pula de cá,
pula de lá...
uma festa vai acontecer!
Homens engravatados,
mulheres produzidas.
Sapatos altos
no meio da poeira,
escondem a trama matreira
das damas da cidade.
Uma ação social,
dizem vai começar,
no meio do mato,
sob o rastro das estrelas.
No alto,
o olhar,
as maõzinhas
de pequenas menininhas,
privadas da liberdade,
passam pela grade...
acenam...
encenam.
Liberdade
de quem ainda
não escolheu
o destino
que Deus lhe deu.
Privadas de ver o dia,
olham a orquestra tocando,
celebrando a ação
com o nome
de solidariedade.
Mas é a pura crueldade!
Mais uma ação social,
dentro da enorme grade,
alimenta a vaidade
de homens e mulheres
que buscam aparecer
nas colunas sociais.
O contraste ironiza
o mais lindo sol nascer!
O dia amanhece
lindo!
O sol vem devagarinho,
de mansinho.
De repente
ilumina!
O céu fica azul.
O brilho da noite,
deixado pelas estrelas
pula de cá,
pula de lá...
uma festa vai acontecer!
Homens engravatados,
mulheres produzidas.
Sapatos altos
no meio da poeira,
escondem a trama matreira
das damas da cidade.
Uma ação social,
dizem vai começar,
no meio do mato,
sob o rastro das estrelas.
No alto,
o olhar,
as maõzinhas
de pequenas menininhas,
privadas da liberdade,
passam pela grade...
acenam...
encenam.
Liberdade
de quem ainda
não escolheu
o destino
que Deus lhe deu.
Privadas de ver o dia,
olham a orquestra tocando,
celebrando a ação
com o nome
de solidariedade.
Mas é a pura crueldade!
Mais uma ação social,
dentro da enorme grade,
alimenta a vaidade
de homens e mulheres
que buscam aparecer
nas colunas sociais.
O contraste ironiza
o mais lindo sol nascer!