Carpe Noctem
Carpe Noctem
Mas, tudo bem...
Deixe que a manhã adentre a janela
E que a noite se esvaia pelos vãos das portas,
Porque são as sombras que cobrem a plenitude
E invadem solenemente a solidão;
Mas não adianta só o verbo,
Fibra frágil e fria como lâmina,
Pois é com mãos que levantam muros
E soltam as marretas na muralha!
Saíremos com calos nos dedos
E olheiras roxas por baixo dos olhos
Com apoios de Minerva de ouro, ou não!
Pois são de brados e palmas que se fecham a batalha.
Pés limpam de sangue o chão
'Inda que não limpem a língua da falácia...
E agora, acendam as luzes
Para que ascendam as veias da illuminura
Naquilo que chamamos de Universo.