Veleiro de papel
“A leitura de mundo precede a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade daquele”. Paulo Freire
Antônio
jovem pescador
Ainda pequeno
começou
o seu labor
Não pôde
uma escola
frequentar
Porém um dia
Que bela
oportunidade!
O curso
de alfabetização
chegou em
sua cidade
No primeiro dia
coração acelerado
A mão tremia
temia fazer errado
Em desistir
nem pensou
E aos dezessete anos
o seu nome
assinou
Desvendou as letras
o mistério acabou
Placas de ruas
letreiros de ônibus
revistas , jornais...
Ler e entender
era o que mais
lhe valia
Maria
moça simples
e gentil...
Desde
os nove anos
trabalhava
de doméstica
Nem sentiu
o desabrochar
de menina flor
Muito suor
para ajudar
a família
Antônio
e Maria
sonho antigo
realizam agora
Sentar
em um banco
de escola
Saborear
cada palavra
Alimentar
a autoestima
Alimentar
a esperança
Outrora
quase perdida
Muitos param
no caminho
Não é fácil
aliança
prole
deveres
cansaço
Trabalhar
o dia todo
E ao anoitecer
compartilhar
as novidades
e a alegria
de aprender
Assim
era a rotina
de Antônio
e Maria
Um dia
para ela
um bilhete
ele escreveu:
“Vou construir
um veleiro
e sair a navegar,
o mundo nos espera,
quero te levar”
Noite de verão
Lua clara
brilhava no céu
E Antônio sorria
em seu veleiro
de papel
Vou contigo!
Uma voz ecoou...
E a navegar
pela noite
saíram os dois
pelas ondas da vida
pelas ondas do amor
As estrelas
trouxeram
o brilho do sol
refletido no olhar
Quantas surpresas
ao lançarem
a rede
O universo
se estende
a seus pés:
Mitos
Lugares
Histórias
Heróis
Vilões
Trajetórias
Filósofos
Artistas
Cientistas
Descobertas
Conquistas
Evolução...
Guerras
Miséria
Solidão
De tudo um pouco
e de todos uma lição:
É urgente SER humano!
Cinco continentes
povos tão diferentes
com seus valores
crenças
costumes
e línguas
Cinco continentes
povos tão iguais
almas com sede
de Justiça
Amor
e Paz
Antônio e Maria
redescobriram o mundo
relacionando vivências
e informações
Comunicando
ideias
e sentimentos
E assim
navegaram juntos
no veleiro
do Conhecimento.
“A leitura de mundo precede a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade daquele”. Paulo Freire
Antônio
jovem pescador
Ainda pequeno
começou
o seu labor
Não pôde
uma escola
frequentar
Porém um dia
Que bela
oportunidade!
O curso
de alfabetização
chegou em
sua cidade
No primeiro dia
coração acelerado
A mão tremia
temia fazer errado
Em desistir
nem pensou
E aos dezessete anos
o seu nome
assinou
Desvendou as letras
o mistério acabou
Placas de ruas
letreiros de ônibus
revistas , jornais...
Ler e entender
era o que mais
lhe valia
Maria
moça simples
e gentil...
Desde
os nove anos
trabalhava
de doméstica
Nem sentiu
o desabrochar
de menina flor
Muito suor
para ajudar
a família
Antônio
e Maria
sonho antigo
realizam agora
Sentar
em um banco
de escola
Saborear
cada palavra
Alimentar
a autoestima
Alimentar
a esperança
Outrora
quase perdida
Muitos param
no caminho
Não é fácil
aliança
prole
deveres
cansaço
Trabalhar
o dia todo
E ao anoitecer
compartilhar
as novidades
e a alegria
de aprender
Assim
era a rotina
de Antônio
e Maria
Um dia
para ela
um bilhete
ele escreveu:
“Vou construir
um veleiro
e sair a navegar,
o mundo nos espera,
quero te levar”
Noite de verão
Lua clara
brilhava no céu
E Antônio sorria
em seu veleiro
de papel
Vou contigo!
Uma voz ecoou...
E a navegar
pela noite
saíram os dois
pelas ondas da vida
pelas ondas do amor
As estrelas
trouxeram
o brilho do sol
refletido no olhar
Quantas surpresas
ao lançarem
a rede
O universo
se estende
a seus pés:
Mitos
Lugares
Histórias
Heróis
Vilões
Trajetórias
Filósofos
Artistas
Cientistas
Descobertas
Conquistas
Evolução...
Guerras
Miséria
Solidão
De tudo um pouco
e de todos uma lição:
É urgente SER humano!
Cinco continentes
povos tão diferentes
com seus valores
crenças
costumes
e línguas
Cinco continentes
povos tão iguais
almas com sede
de Justiça
Amor
e Paz
Antônio e Maria
redescobriram o mundo
relacionando vivências
e informações
Comunicando
ideias
e sentimentos
E assim
navegaram juntos
no veleiro
do Conhecimento.