Pássaro ferido

Não teve ninho
aconchegante
Tropeçou aqui
e ali...
 
Mãos estendidas
nas avenidas, ruas, faróis...
No escuro abraça
o banco da praça
 
Arrancaram-lhe as asas,
o sonho esvaeceu
Acorrentaram -lhe os pés,
o caminho se perdeu
 
Sufocaram-lhe a voz,
Onde está o seu canto,
Oh! Pássaro ferido?
 
Seu moço, olha para mim
sou rascunho, sou  esboço...
Faz um novo desenho!
 
No céu azul da paz,
alçarei voo, sou capaz!
 
Diz que não sou órfão
de pais ,
nem de país!



Isabel Campos
Enviado por Isabel Campos em 03/05/2009
Reeditado em 14/08/2012
Código do texto: T1573818
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