Pássaro ferido
Não teve ninho
aconchegante
Tropeçou aqui
e ali...
Mãos estendidas
nas avenidas, ruas, faróis...
No escuro abraça
o banco da praça
Arrancaram-lhe as asas,
o sonho esvaeceu
Acorrentaram -lhe os pés,
o caminho se perdeu
Sufocaram-lhe a voz,
Onde está o seu canto,
Oh! Pássaro ferido?
Seu moço, olha para mim
sou rascunho, sou esboço...
Faz um novo desenho!
No céu azul da paz,
alçarei voo, sou capaz!
Diz que não sou órfão
de pais ,
nem de país!