Violência para todos *
Tudo que existe pode violentar
Tudo que existe pode ser violentado
A violência que é para uns é justificativa para quem a pratica
Para o malvado que fere, a violência é prazer
Para o religioso que sofre, expiação
Para o filho que bate, afronta
Para o pai que bate, educação
Para o patrão que explora, lógica
Para o trabalhador que luta, revolução
Para o industrial que desmata, progresso
Para o capitalista que expropria, direito
Para o ladrão que rouba, necessidade
Para a polícia que prende, lei
Para o Estado que pune, justiça
Para o cidadão que resiste, sobrevivência
A violência sobre muitos é a paz sobre poucos
A violência do pobre o leva às cadeias
A violência do rico o leva aos bancos
A violência entre os poderosos os leva aos palanques
A violência entre os fracos os leva a elegê-los
A violência de quem domina é chamada governo
A violência de quem é dominado é chamada crime
O ensino que violenta é chamado formador
O aluno que violenta é chamado marginal
Tudo que violenta não tem memória
Tudo que é violentado ultrapassa gerações
A violência da fome gera fé
A violência da mídia gera ibope
A violência do dinheiro gera lucro
A violência da guerra gera civilização
Tudo que existe pode violentar
Tudo que existe pode ser violentado
(publicado em: Palavra é Arte-Poesia, 2014)
Publicado em “Minha Hora Preferida - antologia poética”, disponível aqui em formato E-Book.
Tudo que existe pode violentar
Tudo que existe pode ser violentado
A violência que é para uns é justificativa para quem a pratica
Para o malvado que fere, a violência é prazer
Para o religioso que sofre, expiação
Para o filho que bate, afronta
Para o pai que bate, educação
Para o patrão que explora, lógica
Para o trabalhador que luta, revolução
Para o industrial que desmata, progresso
Para o capitalista que expropria, direito
Para o ladrão que rouba, necessidade
Para a polícia que prende, lei
Para o Estado que pune, justiça
Para o cidadão que resiste, sobrevivência
A violência sobre muitos é a paz sobre poucos
A violência do pobre o leva às cadeias
A violência do rico o leva aos bancos
A violência entre os poderosos os leva aos palanques
A violência entre os fracos os leva a elegê-los
A violência de quem domina é chamada governo
A violência de quem é dominado é chamada crime
O ensino que violenta é chamado formador
O aluno que violenta é chamado marginal
Tudo que violenta não tem memória
Tudo que é violentado ultrapassa gerações
A violência da fome gera fé
A violência da mídia gera ibope
A violência do dinheiro gera lucro
A violência da guerra gera civilização
Tudo que existe pode violentar
Tudo que existe pode ser violentado
(publicado em: Palavra é Arte-Poesia, 2014)
Publicado em “Minha Hora Preferida - antologia poética”, disponível aqui em formato E-Book.