O contraste da nação no coração

Na pele um semblante escuro

Liso, suave e negro

Ainda temos os que andam nus

Pardos, com rostos pintados

Amarelos de olhos puxados

Homens de olhos fechados

Negros, pela escravidão machucados.

Moram no gelo,

Nas ocas ou no medo

Em prédios vulgares

Gente, povo, vidas

De vários lugares.

Somos mulatos da pele branca

Com a alma de índio que encanta

Tenho um irmão de cada cor

Um mundo, uma nação precisando de amor.

Seios de uma só terra

Nascemos e morremos em guerra

Existia o conceito

Hoje só vemos o preconceito.

Japonês, Índio ou pagão

Que seja da pele clara

Ou que andam nus de pés no chão.

Sou preto ou azul

Se venho do norte ou do sul

Somos todos centro, certos e sorte

Irmãos de alma, de amor, até a morte.

[1º Lugar no 3º Sarau Poético da E.E.Odilon Leite Ferraz (Todas Raças! Todas as Cores...)]

Paula Rodrigues (Coka)
Enviado por Paula Rodrigues (Coka) em 29/11/2008
Reeditado em 29/11/2008
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