Espinhos
hoje, não quero rosas
adornando sonhos
mascarados
visão de cegueira
branca
(Salve Saramago!)
apocalipse now é aqui.
Inspiração em espinhos
cortantes
faces do real
luxo e lixo
espelhos e reflexos
naquilo que incomoda
vozes
por detrás ou
debaixo de tapetes
existência negada
que aparece
em demasia
sutis fantasmas de então.
delírios tremens
rosáceos
que não enxergam
pedras petrificadas
catatônicas
do sofrimento
afastado
mas vívido
do meu irmão.
do TEU,
NOSSO
aos berros
hoje, só quero rosas
e pétalas púrpuras
a quem tem espinhos
em sua alma
negada de pão.