Espinhos

hoje, não quero rosas

adornando sonhos

mascarados

visão de cegueira

branca

(Salve Saramago!)

apocalipse now é aqui.

Inspiração em espinhos

cortantes

faces do real

luxo e lixo

espelhos e reflexos

naquilo que incomoda

vozes

por detrás ou

debaixo de tapetes

existência negada

que aparece

em demasia

sutis fantasmas de então.

delírios tremens

rosáceos

que não enxergam

pedras petrificadas

catatônicas

do sofrimento

afastado

mas vívido

do meu irmão.

do TEU,

NOSSO

aos berros

hoje, só quero rosas

e pétalas púrpuras

a quem tem espinhos

em sua alma

negada de pão.

Ana Paula Perissé
Enviado por Ana Paula Perissé em 16/10/2008
Código do texto: T1231325
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