No anteparo

Existem noites em que os meus olhos ficam

Encharcados de lágrimas

O motivo não importa

Afinal, certos momentos da vida

São mais cansativos que os outros,

E não há nada que descreva as razões impostas.

Pobreza da época,

Educação inexistente,

Disparos que são capazes de destruir

Qualquer que seja

A extensão do pensamento

Feito o Homem — Ramalhos

Que brotam quão problemas

Considerando os extremos da existência

Mas, de todas

Havia o silêncio estrelado

O som do mar emite

Soltando-se a inteireza

Pois a natureza deduziu tudo isso.

Noites flácidas,

Resfriado no começo do dia,

Um lembrete da vovó,

Listas telefônicas,

Um romance estagnado.

Com tudo isso, me invento,

A Sunaime —

Desconjuntado, vagar mente

Antes e depois — No Anteparo.