Indigente
Certa feita estava passando
Trançando pelas ruas de outono
Eis que para em minha frente
Um homem de simples feição
Era simples mas educado
Era meu caro...um indigente
Me pediu...patrão me de um pedaço de pão
Eu sem ter o que lhe dar pedi perdão
Ele já foi logo respondendo
Mas não teria tu um sorriso
Até isso vai ficar me devendo
Eu de prontidão tirei das dobras da face
Um sorriso de emoção
Ele disse... muito obrigado meu irmão
Foi ele sem dinheiro sem ajuda
Mas me deixou uma lição
As pessoas em dor aguda
Se esqueceram que o melhor presente
Não é dinheiro não é ser patrão
É a alegria de amar um cidadão
É um sorriso na feição
É desenhar um poema
Nas dobras de diadema
É ver nos braços de alguém um lugar
Para poder descansar...
Indigente...não é alguém que tem mal cheiro
É alguém que de tão pobre
só lhe restou dinheiro