Indigente

Certa feita estava passando

Trançando pelas ruas de outono

Eis que para em minha frente

Um homem de simples feição

Era simples mas educado

Era meu caro...um indigente

Me pediu...patrão me de um pedaço de pão

Eu sem ter o que lhe dar pedi perdão

Ele já foi logo respondendo

Mas não teria tu um sorriso

Até isso vai ficar me devendo

Eu de prontidão tirei das dobras da face

Um sorriso de emoção

Ele disse... muito obrigado meu irmão

Foi ele sem dinheiro sem ajuda

Mas me deixou uma lição

As pessoas em dor aguda

Se esqueceram que o melhor presente

Não é dinheiro não é ser patrão

É a alegria de amar um cidadão

É um sorriso na feição

É desenhar um poema

Nas dobras de diadema

É ver nos braços de alguém um lugar

Para poder descansar...

Indigente...não é alguém que tem mal cheiro

É alguém que de tão pobre

só lhe restou dinheiro

Cristelli
Enviado por Cristelli em 03/07/2022
Reeditado em 04/07/2022
Código do texto: T7551861
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.