Dois dedos de prosa

Me pede versos em ternura que eu não sei,

e um poema tão triste de comover os vizinhos.

Me manda capinar o quarto de dormir,

regar no meloeiro os ramos da mangueira.

Me impõe raspar o barro do pasto, o cheiro do sapato.

Pergunta o lado da ladeira que desce o fumo de rolo.

Por pura falta de assunto.