ALMA ENDURECIDA

( all rigth reserved Zilda Alckmin)

Dos seus olhos, lágrimas não mais brotavam

Estavam ressecados pela fumaça

Das chaminés que vinham das fábricas

E dos escapamentos dos carros

Que ultrapassavam os limites de segurança

Não havia mais sorriso nos lábios

Nem havia mais esperança

Era mais um corpo automatizado

De coração endurecido

E cimentado no peito

Sem outro jeito

De manter-se vivo fazendo tic tac

Com alma endurecida

Era só mais um que desistia da vida

E caminhava na contramão

No meio da multidão

De tanta gente esquecida

Zilda Alckmin
Enviado por Zilda Alckmin em 23/01/2021
Código do texto: T7166376
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