É Assim Que Acontece
Os faróis sinalizavam o fim do dia,
O cortejo seguia,
Eu estava triste,
Com o pensamento distante.
Tímida, a lua surgia,
Ainda havia um restinho de sol,
Com isso o cortejo não se importava,
Nos sinais de trânsito havia apatia.
Eles também não se importavam,
Enfim chegou a hora da despedia,
Carregadores faziam força,
Driblavam os túmulos, o caixão seguia.
Os outros túmulos assistiam,
De repente em minha mente,
Uma história, em meio aos túmulos,
Uma mulher, tresloucada, amor fazia.
Sob o olhar da lua,
E um céu azulado,
A um estranho, se entregava,
Nessa hora um novo ser ela gerava.
Então conclui, o fim é simbólico,
A carne apodrece,
Sempre há um recomeço,
É esse o destino, é assim que acontece.