4 - A VALSA DAS COISAS
Na cidade, tudo dança,
Tudo canta,
Uma melodia dissonante,
uma harmonia desconcertante,
Em passos de balé moderno,
Sem ritmo pulsante.
O grave dos ônibus,
As piruetas nas rotatórias,
O encaixe perfeito do atravessar
Nas faixas cheias de gente
Em ambos os lados.
Frustrante, não é mesmo?
Ou fascinante?
Estou perdido na coreografia
Dessa sinfonia excitante,
Pois vejo caos,
Mas no caos há certa beleza,
Basta ler o Inferno de Dante. //
(Augusto Fossatti)
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