Conexão cibernética

nada mais disse, ou escreveu

se escreveu, ninguém leu

calou-se, desta vez falhou

antes, mandou-lhe um beijo

coisas da internet, um "emoji"

eram beijos automáticos

já carregados de bytes

com milhões de desejos

e mil corações vermelhos

se chegaram pelo cabo

quem sabe?

falhou sem aparente razão

a conexão

e o amor acabou

era virtual o novo amor

natimorto

nas telas e nos teclados

ambos de distantes lados

em virtuais Agápes!

antonio noronha-18