Coríntios

Em teu coito apenas, sereia,

volátil poente na mão.

Luna, lúmina, luz de areia

que nas águas dos pelos vão.

Pacto flamejante no céu,

ruiva urbe láctea de estrelas

florais em Vênus, o bordel

das galáxias onde detê-las.

A eternidade num minuto!

Do rubro ardente dissoluto

abriu-se, não o sal, o astro.

Por castigo, a gula da ânsia.

A face, sombra na distância

do éter, rosa de alabastro.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 23/01/2019
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