Do encanto ao desatino

O poeta se recria na fria revelação

dos gêneros químicos da incerteza

ou antecipa as confissões intuitivas

na extravagância do sonho atrevido.

Quem se comove em estado bruto

se move pelo artifício da elegância

onde o brilho luzente do fanatismo

tece os desvarios da suntuosidade.

A poesia é o símbolo disfarçado

dos princípios incandescentes

quando a visão se harmoniza

no credo das amargas infusões.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 21/01/2019
Reeditado em 17/04/2020
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