Do encanto ao desatino
O poeta se recria na fria revelação
dos gêneros químicos da incerteza
ou antecipa as confissões intuitivas
na extravagância do sonho atrevido.
Quem se comove em estado bruto
se move pelo artifício da elegância
onde o brilho luzente do fanatismo
tece os desvarios da suntuosidade.
A poesia é o símbolo disfarçado
dos princípios incandescentes
quando a visão se harmoniza
no credo das amargas infusões.