Soturno
Cercado por cata-ventos
descubro-me num mundo
de sepulturas e trevas.
Um ossário de versos
forma o pano de fundo
na placidez do espaço.
Saquei o número, tudo é uma joça
com porcos, frangalhos, tudo parco.
Em vão, corpos nus numa carroça,
morto sobre mortos em pleno charco.
Permaneci metade do sonho
caindo quando já voava,
queria chegar ao sol, suponho.
O éter é perfume de alfavaca.