Ato solene
Quando escrevo o que me sai
é como se tivesse investido
na trama luminosa que vai
sobre o filho mais faminto.
A cisão do poema é clara e febril
na vazão espontânea do ofício
para o trio de sopros flutuantes.
Depois molda-se a frase
no vasto fio da ousadia
para a cerimônia tumular
no instante da criação.