Ato solene

Quando escrevo o que me sai

é como se tivesse investido

na trama luminosa que vai

sobre o filho mais faminto.

A cisão do poema é clara e febril

na vazão espontânea do ofício

para o trio de sopros flutuantes.

Depois molda-se a frase

no vasto fio da ousadia

para a cerimônia tumular

no instante da criação.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 16/01/2019
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