Pela culatra

Meus caminhos são signos

de rotações divergentes.

Não me acomodarei

a uma única iluminação

nem aos desígnios da flor.

Quero faróis desiguais

a refletir o esplendor

do sonho entusiasmado.

Deslumbrado pela visão

não concebi na pintura

a última luz profética.

Não cumpri nenhuma lei

nem me desgarrei da sina

do efêmero desconhecido

no pesadelo efervescente.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 16/01/2019
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