Manifestação Onírica (I)

Por tudo e sobre mim

há de ser compassada

a pena fria da sedução.

Sabia o rumo do vento

a me levar ao precipício

quando voltei do sonho

pelo espaço interrogado.

Daí a leviandade cerzida

no bolso da inquietação

por onde vazou o segredo.

Simplesmente adormeci

no surto velado do sonho

como o aroma do instinto

vai da máscara à devoção.

Sabia o ritual do destino

na alegoria crepuscular

quando o passo perdido

selou a ação do princípio.

Daí a confissão do verbo

ao fundir o velo sagrado.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 11/01/2019
Reeditado em 11/01/2019
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