Manifestação Onírica (I)
Por tudo e sobre mim
há de ser compassada
a pena fria da sedução.
Sabia o rumo do vento
a me levar ao precipício
quando voltei do sonho
pelo espaço interrogado.
Daí a leviandade cerzida
no bolso da inquietação
por onde vazou o segredo.
Simplesmente adormeci
no surto velado do sonho
como o aroma do instinto
vai da máscara à devoção.
Sabia o ritual do destino
na alegoria crepuscular
quando o passo perdido
selou a ação do princípio.
Daí a confissão do verbo
ao fundir o velo sagrado.