O pêndulo da concepção velada
Em qual adágio do mistério
reside o culto da exaltação?
Na serenidade da sabedoria
ou quando a noite se oculta
pelas fendas das vias febris
na cisão do pó em chamas?
Que praga áspera me sacode
pelas montanhas de mares
perfumados com hálitos que
nem alucinam nem dão saber?
Haverá um halo prematuro sobre
a luminosidade com premonições
de um futuro oblíquo e exaltado
pela fecundação que me abreviou?
Sei do amanhecer e dos insultos
da festiva flor ao abrir-se na magia
do bálsamo para o fascínio do éter
em transbordar-se na agonia da fé.