Confissão

Estou com medo

Novamente estou com medo

Vejo as minhas primeiras rugas se cravarem no meu dedo

E sinto medo

Um medo que me deixa refém de um tempo que só vem...

Mesmo sabendo que tudo que acontece é calculado

Por uma força maior que fica lá do outro lado

Da vida fixo aqui seguindo com medo da ferida

Que ora morre ora vive no meu peito...

Não é mais amor

Me perdi em uma nova sintonia

Cada vez mais perigosa

É uma nova experiencia

Que não quer muita ciência

Só precisa esquecer a prudência...

Tive a loucura e coragem de querer uma paixão impossível

Te vejo e logo múrmuro:

Que os meus olhos gritem todas as vezes que te encontrar

Que a minha alma saia do meu corpo todas as vezes que te abraçar

Que chova todas as vezes que as palavras não possam se libertar

Que antes da minha morte poética eu possa beijar cada centímetro do seu corpo

Que o nosso próximo encontro seja regido por Eros e Afrodite...

BranquelaAquarela
Enviado por BranquelaAquarela em 28/12/2018
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