Confissão
Estou com medo
Novamente estou com medo
Vejo as minhas primeiras rugas se cravarem no meu dedo
E sinto medo
Um medo que me deixa refém de um tempo que só vem...
Mesmo sabendo que tudo que acontece é calculado
Por uma força maior que fica lá do outro lado
Da vida fixo aqui seguindo com medo da ferida
Que ora morre ora vive no meu peito...
Não é mais amor
Me perdi em uma nova sintonia
Cada vez mais perigosa
É uma nova experiencia
Que não quer muita ciência
Só precisa esquecer a prudência...
Tive a loucura e coragem de querer uma paixão impossível
Te vejo e logo múrmuro:
Que os meus olhos gritem todas as vezes que te encontrar
Que a minha alma saia do meu corpo todas as vezes que te abraçar
Que chova todas as vezes que as palavras não possam se libertar
Que antes da minha morte poética eu possa beijar cada centímetro do seu corpo
Que o nosso próximo encontro seja regido por Eros e Afrodite...