Acalanto

Sobre o sol iluminado em que pousaste

plantei o olhar da inocência e da beleza.

Em cada missão da fantasia arrebatada

vingou a luz nas primaveras refulgentes.

Qual flor da exuberância existencial sentirá

o perfume de embriaguez da tua voz frágil

e misteriosa nas horas dos dias sequiosos

que incitam a juventude no compasso 4/4?

Quando notares não mais estarei junto a ti

apenas o abismo que cavei com desespero

e precisão será teu mensageiro inseparável.

A ousadia dos desencantos é o delirante

cristal gótico sobre a íris visionária da fé

onde a cantilena da passarada pressupõe

a arcada impetuosa da aurora vermelha.

Amo-te como se tivesse me transportado

para teu coração sossegado de abelhas.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 05/12/2018
Código do texto: T6519513
Classificação de conteúdo: seguro