À espera da última estação
Teu corpo é um labirinto
com fendas e orifícios
sobre destinos sem saídas.
Perdi-me e só por me perder
encontrei a chave da despedida
sobre ofícios que me abrigaram
entre carícias e galanteios.
A juventude tropeçou
na revelação precoce
de acordes e ardores
sem futuro nem pudor.
Poderia perder-me mais
quando desandei no fim
que por certo me levaria
ao luto de cada funeral.
Qual a chave da expedição
por onde todos passaram
deixando a lição aberta
e selaram o sinal de partida?
Não desvendei o segredo
e muitos hão de passar
pela mesma circuncisão.