Diapasão

Há um poema dentro do poema

com versos aflitos de alegorias

como há no verbo o precipício

da interrogação versicular.

Na elegante sina da trama

onde os cantos se desnudam

na profana melodia do verso

há a magia da rara invenção.

O código vigilante de arte

é um quadro misterioso

no vespeiro da medida

que se funde nas divindades.

A transfusão de imagens

por onde corre o sanguíneo estro

ferve na lucidez dos madrigais

quando a fantasia se divide

no transe do espasmo humano.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 02/12/2018
Reeditado em 14/01/2019
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