A matéria da inquietação
Os sonhos se foram na retina
precisa do apetite enfadonho.
Sei da época e das infiltrações
imperativas para a diversidade
da anatomia ante a concepção
do vício na inocência do olhar.
Tenho abstrações do passado
sobre as vestes de cada cobiça
para a nudez brotar no silêncio
das frias leituras impacientes.
A agonia floresceu no disparate
para tornar-me isento no louvor
diante da redenção final do juízo.
Vivi o sonho antes da sedução
tornei-me vário antes da ruína
atravessei-me em linhas tortas
a cantar canções sem bandeira
e na via láctea da consagração
dormia sob a tenra luz do fulgor.
Era o segredo do encontro para
seguir por líquidas estações que
não contam ares nem dão frutos
no ledo sarcasmo dos exaltados.