Contemplação do Caos
De que se abastece o coração?
Da febre contaminadas dos portos
ou de corpos tecidos por outros
desejos de manhãs impassíveis?
Para pulsar o calor dos sonhos
que se movimenta no carbono
volátil, a luz se irradia no brilho
para o amor pleno de desertos.
Onde se alimenta o imaginário
com o inferno das indigências?
No abalo religioso da cegueira
ou na lei da razão insondável?
Não se queime com promessas
lépidas da aurora, a caravana
se foi em busca da purificação.