Invenção N. II

Numa tarde aflito, um arco-íris

com breves silêncios de harpa,

andava sobre nuvens inocentes

com o sonho enfeitado de azul.

Ornamentava o colibri no encanto

o poente na gradação do declínio

numa penumbra de luz na solidão

com pedras e silêncio de regresso.

Pelo espaço, um canto nos lábios

com a pele fértil de intimidades

onde flores vermelhas no sarau

brilhavam no vão farto de poesia.

Era a noite que se abria grandiosa

para dividir a saudade em delírios.

ubirajara almeida
Enviado por ubirajara almeida em 27/11/2018
Reeditado em 27/11/2018
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