Cânticos (I)
Ceifei a juventude em noites
com intermináveis mulheres
no culto ao álcool e a devassidão.
Embriagado vivi na opulência
de impressões amorosas
sobre corpos de almas gêmeas.
Vivam os dias que se foram
nos perfumes destilados
pelas essências sentimentais
onde os odores são suntuosos.
Nunca pagarei um dia
na sentença das carícias
com suas horas intensas
pelos encantos refinados.
Basta-me agora, lápis, papel
e uma Musa. Não existe
riqueza maior do que esta
revelação emocional.