G

Geo,

geo urbano

Passa pela praça

passa pelo sono

Do distante sorriso sem graça

Gelo,

gelo urbano

Do paraíso das neves

olha pelo canto

Do realismo das quentes preces

Grito,

grito afinado

Ecoa pelo bus

que cospe pernas pesadas

No centro da escuridão da luz

Gueto,

gueto gueto

Transborda na cidade

nos convencidos do medo

Dos que não chegam na linda parte

G,

g de gozar

Transborda o desejo dos olhos cansados

de chegar às 9 horas

Da outra borda dos ensolarados.

Bárbara Reis
Enviado por Bárbara Reis em 10/11/2018
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