Noite
Já é noite.
Noite silenciosa e tudo que eu escuto são os repetidos barulhos produzindos pela televisão e minha respiração.
Meu celular assuvia me tirando a concentração.
O vento gélido, que não posso sentir, pois estou em minha aconchegante cama, dança com as árvores fazendo uma sinfonia tranquilizante.
Novamente escuto alto a televisão.
Meus olhos ardem, provavelmente são as lentes que uso.
Mas eles pesam como pesa meu coração.
Eles insistem em fechar e uma batalha começa.
Batalha essa que travo diariamente.
E de tanto travá-la, ela me travou. Me enferrujou como se enferruja um robô.