Pinturas Celestes
Nas réstias de sol brilhantes
Que atravessam a mangueira,
Formando espadas flamejantes
E tingindo de dourado o chão,
Evaporam as gotículas de orvalho,
E da terra úmida faz subir um vapor,
Sereno da manhã, sol, terra e flor.
As borboletas decolam coloridas
Em mais uma manhã de outono,
Como a buscar púrpuras no céu
E despertam o passaredo do sono
Para a sinfonia no alvorecer do dia.
Assim desperta a nossa manhã,
Com a luz dos teus olhos querida.
Com a esperança da eternidade,
Que Deus, sábio, fracionou na vida.
Vida que ao seu lado é uma poesia
E o mundo inteiro é uma pintura,
Que colorimos no nosso dia-a-dia
Dessa vida abençoada minha e tua.