Quando lua
A noite no breu da rua
Pisando a sombra da lua
Abro os olhos, não te vejo
Abro o peito e percebo
Que minha alma inda é Sua.
A noite tem seus mistérios
E eu toda revelada
Lua cheia espalhada
Clareia e não revela
A dor que o peito lateja
O desejo que rasteja
De ser sua lamparina.
Segue a vida seu destino
Eu arquivo o que sinto
Aposto no que precinto
A lua encanta e maltrata
Junta amor e separa
Eu prefiro a janela
De onde a vejo mais bela
Ela cheia eu minguante.