DESENCANTOS
Do subúrbio ao centro da cidade,
o novo, a ansiedade,
reencontrar esperança,
sonho de criança...
Passou frente às bancas de revistas,
na rodoviária,
Gente sorrindo, brindando...
Comerciantes e industriais,
Traficantes e marginais
os donos do mundo...
Banqueiros e artistas,
elitistas.
Refletido no espelho
a máscara ordinária...
Pobre vagabundo,
sorrateiro
tristonho, imundo...
recolheu-se ao gueto,
em companhia
da companheira
ao miserável mundo
de desencantos.
Maurélio Machado
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