SOMBRAS
Em um canto qualquer da existência
Vou dando traços a sentimentos furtivos
Nas dobras de pensamentos fugidios
Que vem em vigorosos redemoinhos
Tangidos pelo clamor dos desejos
A visão torna-se turva
No furor de enganosas expectativas
Captura-se a ilusão que se debate
No dúbio mundo dos sonhos fantasiosos
Vendendo-se como palpável realidade
Talvez o todo, seja um imenso palco
Onde cenas tão corriqueiras quanto banais
Repetem-se...
Com falas decoradas e forjadas representações
Embaladas na mais fina embalagem
Em que muitos conhecem pela alcunha de vida
E assim segue a peça...
Onde as sombras não atuam como meras figurantes.