TEOR O VÉU DO FARDO
Quisto o tempo por capricho
Voltei ao sexto dia de meu pensamento
Firme e forte quero estar
Muito além de devaneios de momento
Luz resplandecente de luar
Vivo feroz o que eu sigo.
Sente-se enquanto respira
O inebriar alusivo do pequeno entardecer
Volte a sentir enquanto olha
Tomeis e não se desatina
Levais na alma o que lhe molha
Os parcos goles da noite a te entorpecer
Vejo-te além, através do ínfimo
Tão pesado é o dom de enxergar os sinais
Estais aqui o som do rouxinol
Que perdes forças no íntimo
Desabrochando sentimentos deveras infernais
Ritmados pelo arder do sol
Noturnas faces irão te visitar
Claro sentir estais perdido no temperamento
Diga agora ou se calarás
Miragens hão de te adornar
Para então sonhar com sonhos intensos.