Gira
Dança que não pára
E gira o corpo
Como os dias de uma planeta
E gira em torno
As mesmas sensações e os momentos únicos
Alegria, tensão, certezas...
E voltam memórias como ondas calmas
A ânsia pelos próximos becos
Caminhos de pulso
Ângulos de um mesmo círculo
E gira em torno da própria vala
Quando se é humano e já sabe que é finito
Sem saída
Sem descanso
Mas com palmas
Com a arte
Nossa ilusão mais bela
E encontra nas palavras um refúgio definitivo
Enquanto a dança confunde os pés
Como as rezas e a ideologia
Sempre o mantra do desejo mais puro
De continuar nos próximos becos
Caminhos de pulso
Ângulos de um mesmo círculo
Cantos de uma mesma fé