O céu hoje é cinza
O céu hoje é cinza
Chove de tempos...
Nada penso, pois, como o céu
Minha alma é velada.
Meu sol, frio e fosco
Mal ilumina as ruas e as casas.
As árvores são como pantanosas, úmidas
Quase não se escuta barulho por onde passo.
Dói-me os olhos fitar este céu em brumas,
Tão branco fica. O dia segue e eu sigo também
Nada parece mudar, nada pareço sentir.
Entre o fumo da evaporação das águas
Por entre a neblina passo, acendendo um cigarro
Sendo eu ainda, vivo, cidadão, trabalhador; vibrando.