Belo é o que desconheço

É belo ver sua oscilação

É estupendo o apreciar

Seguindo sua admiração

O lindo do desconhecido é não saber explicar

O enunciado ali que faço é simples

É prévio

É uma calmaria e também é arremedo

Sua complacência é inconsequente

Mas sua vaidade inadimplente

Se fala, me diz

Se quer, me mostre

Se perceberes, me convença

Se não sabe, conheça

Mas o belo ainda está lá

No incógnito

Na beira da rua, na ladeira prateada

Nada se faz necessário

Nem uma preleção

Corra para os verdes

A cor e não o sentido

Corra agora sem objeção

Pois o sol lhe dará morada

O saber pode até embriagar no excesso

Mas no fundo, lá na reta da maré

Ele nos afaga, nos da sossego

Nos da pé

Ponto Brune
Enviado por Ponto Brune em 28/12/2023
Reeditado em 15/01/2024
Código do texto: T7963930
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