Lúcida

O peito insufla em paz sem cortes.

Aquele riso corta o breu que tange a tarde.

Estamos sonolentos por onde o metrô

tangencia a cidade.

Mas que sorte

que o tsunami não extrapolou mar adentro.

Você diz, e diz e não é ouvida.

Volta para casa e tece seu bordado peito

sua dor estranha

que insulta, sentida.

Ela contempla o que faz.

Tece o que alimenta sua matilha.

Vive do que o coração dignifica.

Obrigada !

Diz como para ser

lúcida.

Vinicius Santana
Enviado por Vinicius Santana em 01/12/2023
Código do texto: T7944976
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