Lúcida
O peito insufla em paz sem cortes.
Aquele riso corta o breu que tange a tarde.
Estamos sonolentos por onde o metrô
tangencia a cidade.
Mas que sorte
que o tsunami não extrapolou mar adentro.
Você diz, e diz e não é ouvida.
Volta para casa e tece seu bordado peito
sua dor estranha
que insulta, sentida.
Ela contempla o que faz.
Tece o que alimenta sua matilha.
Vive do que o coração dignifica.
Obrigada !
Diz como para ser
lúcida.