LAMPEJO DE LOUCURA
Vida que segue
Mundo que rompe,
Sol que se esconde,
Atrás do horizonte.
Tempo de ser
Lilás é o luar poético
Os sons vem do universo
Atravessa o mar submerso.
O mar aberto
Traz som perverso
De quem está imerso
Na própria pequenez.
Intenso sol, o dom
Faz-me puro som,
De que com o tom
Alcance a harmonia.
Vive-se demais; muito
Proclama-se com intuito
Ser o rei do fortuito
Desejo manso de errar.
Sempre ao avesso
Olho-me e me esqueço
E se eu respiro, apareço
Pra depois sucumbir.
É o intuito de sentir,
Parecer viver o porvir
Sem medo algum decidir
O momento certo.
Aqui estou incerto
Entrelinhas me despeço
Feito paixão de um sexo
Casual qualquer já feito.