O tempo que me contempla
Finda o dia
cai a noite
sempre vazia
paro e penso
penso e calo
calo e choro
não fiz tudo que podia
deixei para trás o que não devia
tentei,
mas o tempo foi ingrato e eu
em insônia me desfaço
alquebrada de cansaço
desejando saber de mim
saberei, amanhã vencê-lo
ou, mais uma vez, irei matá-lo?
Publicado no meu livro "Flor de Lu"
Lucilaine de Fátima