Há esperança
É como se a vida quisesse pulsar em mim,
Mas como que com pregos presos ao peito
Asfixiando a vontade, a coragem e o amor,
Eu me perdesse
De novo, de novo e outra vez.
Eu me matasse,
Destruindo qualquer vestígio de algo
Que tenha sido semeado em mim.
Pouco a pouco,
Passo a não reconhecer o que me restou.
A fragilidade toma conta
De forma que o que um dia foi chamado força
Hoje é chamado mentira, ilusão...
Sou desfeita em meia ao caos
E me paraliso diante do mais perfeito destino
Que um ser pode encontrar.
Mas o Rei não deixa nada passar.
Ele levou consigo toda dor
E, com os braços abertos,
Quer me fazer enxergar,
Quer me levar para o lar,
Quer me fazer sua menina,
Quer me amar.