''Nenhum homem pode ser corajoso que considera a dor o maior mal da vida; nem temperado, que considera o prazer como o mais alto bem''
Não deixarei isto me abater;
Abranda oh tão exasperada alma!
Ingá-água-de-flor de um sentir ignoto,
Opulento e abastardo de um sentir infrutífero.
Oh alma que não cala e não me deixa falar,
Deixe-me para que possa sossegar, ou me
abranja com tua abissínia angústia da abnegação
e felicidade da concretização no expressar-se.
Fadiga destes sucessivos afã de ser no não-ser,
Ou esse em tão metafísico;
Apego para um não aferro, um hábito de fuga e encontro.
Espanto, apreensão, ou temor?
Quando virá o tão esperado albor?
Não há alegoria, apólogo, fábula, ou parábola
que faça deste absinto desnecessário;
Que algoz álgido este amor algures.
Não quero coligar, ajuizado é aquele que com parcos
laços se encontra em alacridade _ homem virtuoso _.
Que desígnio é este que provém do alvedrio?
Cândido que não enxergo!
Amigar-se a mim? Me excomungaste como um cão
por pensar com o coração, então, afaste-se!