LIBERTO

Conduzida pela palma de suave brisa

Baila a paina, leve, alva e singela

Diante ao meu olhar

Toca o solo com a delicadeza de um afago

Move-se lentamente...

Como a me dizer que não criará raízes

Suscita-me a um diálogo filosófico

Entre solitude e liberdade

Ouço com o olhar

Por istantes, percebo a vida despida de fantasias

Despojada de vãs esperanças

Apartada da arrogância suprema, de ter sem possuir

Percebo-me liberto do engodo da permanência

Foi-se a paina...

Sem raízes, sem esperanças ou arrogância

Sigo vivo...

Talvez sustentado por derradeiro momento

Até ser tocado, pela palma da suave brisa.

HASCHEM
Enviado por HASCHEM em 03/08/2021
Código do texto: T7313169
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