Uma poesia qualquer
A minha poesia é uma verdade inventada
Cada um que invente a sua
Seja crua, seja nua
É nela a minha morada
A minha alegria é a luz de uma alvorada
Que ilumina a rua
E que deixa a Lua
De alma lavada
A minha tristeza é um pássaro preso
Que chora sozinho
Arrancado do ninho
Ferido, porém ileso
O meu passado é o céu quando anoitece
Onde estrelas brilham
Onde os deuses brindam
É nele o meu alicerce
O meu presente é uma música do Belchior
Que se canta com a alma
Que se ouve com calma
Não há presente melhor
O meu futuro é pra onde eu vou
Não importa o que passei
Não sou o que sei
Mas sei o que sou
O meu sonho... o meu sonho é tudo que vivo
Que está no meu mundo
Ou melhor, submundo
Hoje estou emotivo