A aliá que me empurra
Como uma aliá a vida me guia sempre firme.
Se tenho medo ela me empurra decidida.
Sempre pra frente corajosa e destemida.
E nada importa já que ela vai seguir-me.
É a grande mãe que me ensina e incentiva.
Sabe que a dor é o elixir que nutre o forte.
Mas me orienta a não esperar só pela sorte.
Aponta a estrada nem sempre tão convidativa.
Mas o importante disso tudo é compreender.
Que o seu cuidado tem memória de elefante.
Nunca se esquece e cuida mesmo se distante.
Pois os seus filhos lhe é impossível esquecer.
Até dos filhos que quase nunca lhe agradecem.
Nem a respeitam, mas tudo quer e reivindica.
Se são ingratos dizem que ela só os prejudica.
E de amá-la ou se negam ou se esquecem.
Dentre esses filhos reclamões e descontentes.
Eu muitas vezes a reneguei e isso não o nego.
Mas quanto mais eu faço isso mais me apego.
A essa mãe que me deu tudo de presente.
Por isso venho assumir as minhas culpas.
Minha aliá mais protetora e sempre dadivosa.
Por me cuidares como a mãe mais generosa.
Faço-te agora o meu pedido de desculpas.
Obrigada por estar sempre do meu lado.
Por me erguer todas as vezes que eu preciso.
Não posso parar de desejar viver no paraíso.
Mas te agradeço por meu destino abençoado.
Adriribeiro/@adri.poesias